Atualmente, a maioria das
negociações de comércio e turismo são feitas em dólar norte americano, ou seja,
todas essas relações estão sujeitas às variações dessa moeda (taxa de câmbio). Isso
pode ser bom ou ruim, a depender da variação (se há valorização ou
desvalorização do câmbio), mas de qualquer forma isso significa que os Estados
Unidos detêm o poder sobre as relações comerciais de todos os países,
tornando-nos dependentes de sua economia.
É possível notar que já existe
uma certa tendência à criação de uma moeda mundial pois alguns países (ou
blocos) já utilizam esse mecanismo de pagamento, por exemplo:
UNIÃO EUROPÉIA: o euro é a moeda predominantemente utilizada nas
relações europeias.
CHINA: já manifestou que acha correto que seja criada uma moeda
mundial, que deverá ser emitida pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
BRASIL, ARGENTINA E URUGUAI: não possuem uma moeda única, mas
desenvolveram o SML (Sistema de Pagamentos em Moeda Local), que retira as
barreiras cambiais das relações econômicas e não utiliza o dólar.
As principais razões que fazem
com que os países queiram desfazer sua dependência econômica do dólar são as
consequências trazidas pela crise (que afetam o país em questões de
investimento, importação e exportação etc.) e pela desvalorização (quando os
Estados Unidos passam por crise e isso afeta os demais países).
Uma das necessidades que teríamos
com a criação de uma moeda mundial, é a criação de um Banco Mundial,
desvinculado de qualquer país, o que exige uma remodelação mundial dos órgãos
intervenientes neste processo cambial.
Ter uma moeda mundial não faria
deixar de existir as moedas utilizadas localmente (pelo menos inicialmente),
seria como “um novo dólar” só que sem vinculação a um país. E a pergunta é: então como seria estabelecido o valor dessa
moeda? Afinal, hoje nós usamos o dólar, mas se está desvinculado do dólar...
como fica? Bom, o que já foi pensado e que mais se aproxima da ideia de
desvinculação, é que seja feita uma espécie de média com as principais moedas
mundiais e a partir disso criar uma paridade.
E por que isso não é feito? Bom,
o principal motivo é o desinteresse dos Estados Unidos, que tentam barrar esse
projeto. Pensemos o seguinte: hoje os Estados Unidos são um país forte (econômica
e politicamente falando) pois possui a moeda mais utilizada e que pode gerar consequências
em um nível global. No momento em que utilizarmos uma moeda mundial, o dólar
não será tão utilizado e perderá sua hegemonia, e com essa transação
acontecendo, sobrará dólar, que sofrerá desvalorização e causará inflação nos
Estados Unidos.
Unificar a moeda retiraria as
barreiras cambiais das operações entre os países, tornando o comércio mais
facilitado e menos oneroso; também evitaria crises e aumentaria as chances de
crescimento dos países que hoje são menos desenvolvidos.