quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Importação pelos Correios: como fazer e quais são as regras

Um dos pontos que mais impacta no custo do produto, é o transporte; inclusive para novos importadores que trazem uma quantidade pequena de produtos. Por isso é preciso analisar bem as diversas possibilidades de trazer a mercadoria e orçar com diversas transportadoras e modais.

Além da possibilidade de contratar uma transportadora convencional, há a possibilidade de você, importador, utilizar os serviços dos Correios para trazer a sua mercadoria. E caso você opte por esta forma de transporte, sua importação não pode ultrapassar o valor de US$3.000,00 (três mil dólares) – sendo que esse valor deve ser a soma do valor aduaneiro + seguro + frete –, não será necessário obter a habilitação Radar. O valor do Imposto de Importação, neste caso, é de 60% e do ICMS será o do estado brasileiro a que se destinar a mercadoria. Os correios também oferecem o serviço de despacho aduaneiro, que tem o valor de R$150,00; caso você possua despachante próprio e prefira você mesmo fazer essa etapa, não há problema nenhum. Há dois documentos muito importantes que devem acompanhar a mercadoria:
  • Fatura comercial (deve estar colocada do lado de fora da caixa);
  • Conhecimento de embarque (a mercadoria deve estar endereçada para o Importa Fácil);

Há algumas restrições impostas pelos Correios, por isso certifique-se de que o produto que você irá importar é aceito. Por exemplo, não são aceitos os seguintes produtos:
  • Planta viva;
  • Cigarros;
  • Material biológico; etc.



Para que o embarque seja possível, é necessário que o importador se certifique que há um operador dos Correios no país de origem, e para saber disso basta consultar a lista de Correspondentes Postais Internacionais.

É cobrado um frete postal (que varia de país para país) e que deve ser pago no país de origem (é importante informar isso ao exportador).

Além disso, deve ser obedecido um requisito de dimensões da carga, sendo eles:
  • A maior dimensão deve ter no máximo 1,05m;
  • A soma do perímetro (largura + largura + altura + altura) + comprimento deve ser menor ou igual a 2,00m;
  • Peso máximo de 30kg (trinta quilos).

Essas três condições precisam ser atendidas, caso contrário a mercadoria será devolvida à origem.

Todas as mercadorias ao chegar no Brasil serão vistoriadas pela Receita Federal, sendo crucial que todas as informações da carga sejam verdadeiras e estejam de acordo com a legislação.

É possível rastrear a sua carga, para isso basta acessar http://www2.correios.com.br/sistemas/rastreamento/default.cfm e digitar o código de rastreamento gerado no momento do seu cadastro (que deve ser feito no site www.correios.com.br/impfacil e que gerará um código contendo 2 letras + 9 dígitos + 2 letras).

Vale ressaltar que não se deve omitir informações para tentar se beneficiar. Se suas importações forem para fins comerciais, é preciso informar a Receita Federal e se legalizar.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Introdução à economia - o que é, principais conceitos etc.

Quando falamos em Economia, o primeiro pensamento que nos ocorre é “dinheiro”. E não é que Economia não se relacione com dinheiro, mas o dinheiro é somente um fator dentro desse universo econômico. Então, o que é Economia?
Há diversas explicações, mas vamos adotar uma das mais conhecidas, enxutas e bem explicativa: “Economia é a administração eficiente de recursos escassos na satisfação dos ilimitados desejos e necessidades humanas”.
E o que exatamente isso significa? Bom, significa que a Economia preocupa-se com tudo que está relacionado à demanda e oferta, que é basicamente o que define a situação de um mercado/país. Vamos exemplificar:
·         Quando acontece uma crise na China e eles diminuem significativamente suas compras internacionais (importações), estamos falando de economia, pois a China é uma das principais parceiras do Brasil e isso mexe muito na demanda pelos nossos produtos (que seriam comprados pela China), alterando a oferta (muito produto ofertado com pouca demanda causa deflação).
·         Quando acontece algum problema nas plantações de laranja, estamos falando de economia, pois a sociedade vai querer continuar comprando laranja como já comprava (desejos ilimitados) mas não haverá laranjas suficientes para todos (recursos escassos), causando inflação.
Na última situação, foi utilizada como exemplo de escasses um problema que se refere a algo que falta (laranjas) em uma situação específica, mas quando falamos em escasses estamos nos referindo também a algo que é escasso por ter limite (exemplo: água, petróleo, etc.).
A partir do que discutimos acima, podemos concluir que o que move a economia são os desejos insaciáveis juntamente com as necessidades ilimitadas (pessoais, empresariais e governamentais).
Buscando saciar esses desejos e atender essas necessidades, as empresas precisam dos fatores de produção para conseguir colocar seu produto no mercado para atender a demanda. Os fatores de produção são os seguintes:
Capital: que são bens destinados a produção de outros bens; podem ser também a estrutura produtiva.
Recursos naturais: insumos que serão utilizados na produção do bem.
Força de trabalho: seu grau de instrução e características do grupo trabalhador dependerá da função e também do grau de desenvolvimento do país (subdesenvolvidos, emergentes ou desenvolvidos). Pode ser dividida em pré produtiva, produtiva e pós produtiva.
Tecnologia: amplamente utilizada na produção e que barateia o processo quando bem utilizada. Refere-se a todo conhecimento humano ligado a produção/execução de uma tarefa.
Capacidade empresarial: capacidade que a organização possui de descobrir oportunidades e promover projetos.



Em relação ao capital, podemos dizer que quanto maior for a sua acumulação em um país, maior será o seu grau de desenvolvimento. E por quê? Basicamente, quando um país possui capital, ou seja, dinheiro disponível, os juros são menores, logo, há mais investimentos neste país. Se a situação for contrária, ou seja, se o país possuir pouco capital/dinheiro disponível, o que ocorre é o seguinte:
Pouco dinheiro disponível à juros altos à empresa não investe pela alta dos juros à se a empresa não investe, não gera emprego à sem emprego, não há salário à sem salário, não há dinheiro à sem dinheiro, os juros são altos. E este processo recomeça, fazendo o país entrar no que chamamos de “círculo vicioso”.

O capital pode ser formado pela poupança interna (poupança dos indivíduos, empresas e governo de um país) e a poupança externa (investimentos estrangeiros, ajuda de outros países/governos e ajuda de organizações governamentais – empréstimos).
No próximo texto falaremos sobre o Sistema Monetário Nacional e moeda.
Ficou com alguma dúvida? Quer deixar alguma sugestão de tema? coloque nos comentários :)

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Qual seria o impacto de uma moeda única no mundo?




Atualmente, a maioria das negociações de comércio e turismo são feitas em dólar norte americano, ou seja, todas essas relações estão sujeitas às variações dessa moeda (taxa de câmbio). Isso pode ser bom ou ruim, a depender da variação (se há valorização ou desvalorização do câmbio), mas de qualquer forma isso significa que os Estados Unidos detêm o poder sobre as relações comerciais de todos os países, tornando-nos dependentes de sua economia.


É possível notar que já existe uma certa tendência à criação de uma moeda mundial pois alguns países (ou blocos) já utilizam esse mecanismo de pagamento, por exemplo:

UNIÃO EUROPÉIA: o euro é a moeda predominantemente utilizada nas relações europeias.

CHINA: já manifestou que acha correto que seja criada uma moeda mundial, que deverá ser emitida pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

BRASIL, ARGENTINA E URUGUAI: não possuem uma moeda única, mas desenvolveram o SML (Sistema de Pagamentos em Moeda Local), que retira as barreiras cambiais das relações econômicas e não utiliza o dólar. 


As principais razões que fazem com que os países queiram desfazer sua dependência econômica do dólar são as consequências trazidas pela crise (que afetam o país em questões de investimento, importação e exportação etc.) e pela desvalorização (quando os Estados Unidos passam por crise e isso afeta os demais países).



Uma das necessidades que teríamos com a criação de uma moeda mundial, é a criação de um Banco Mundial, desvinculado de qualquer país, o que exige uma remodelação mundial dos órgãos intervenientes neste processo cambial.


Ter uma moeda mundial não faria deixar de existir as moedas utilizadas localmente (pelo menos inicialmente), seria como “um novo dólar” só que sem vinculação a um país. E a pergunta é: então como seria estabelecido o valor dessa moeda? Afinal, hoje nós usamos o dólar, mas se está desvinculado do dólar... como fica? Bom, o que já foi pensado e que mais se aproxima da ideia de desvinculação, é que seja feita uma espécie de média com as principais moedas mundiais e a partir disso criar uma paridade.


E por que isso não é feito? Bom, o principal motivo é o desinteresse dos Estados Unidos, que tentam barrar esse projeto. Pensemos o seguinte: hoje os Estados Unidos são um país forte (econômica e politicamente falando) pois possui a moeda mais utilizada e que pode gerar consequências em um nível global. No momento em que utilizarmos uma moeda mundial, o dólar não será tão utilizado e perderá sua hegemonia, e com essa transação acontecendo, sobrará dólar, que sofrerá desvalorização e causará inflação nos Estados Unidos.


Unificar a moeda retiraria as barreiras cambiais das operações entre os países, tornando o comércio mais facilitado e menos oneroso; também evitaria crises e aumentaria as chances de crescimento dos países que hoje são menos desenvolvidos.
 

5 TERMOS TÉCNICOS (EM INGLÊS) MAIS UTILIZADOS NO COMÉRCIO EXTERIOR (COM EXPLICAÇÃO DO SIGNIFICADO DE CADA UM) – Parte 1

Fala galera do comex, tudo certinho? Hoje vamos conversar um pouco sobre termos técnicos que utilizamos diariamente quando trabalhamos...