terça-feira, 21 de junho de 2016

Como fazer o rateio em menos de 10 minutos

Antes de fazermos o cálculo do rateio dos custos, é preciso saber o que isso significa. Nas empresas, temos custos diretos e indiretos, sendo este último o que nos interessa, pois os custos indiretos não são perfeitamente identificáveis nos produtos, ou seja, não é possível apropriá-lo diretamente em cada unidade produzida, sendo necessário fazer uma divisão proporcional (ou seja, ratear) para poder alocar ao preço do produto.
Vamos considerar a seguinte situação em uma indústria:
rateio 1
Sabe-se que o valor total dos custos indiretos é de R$100.000,00 e que o custo direto que mais interferiu na produção foi o de matéria prima. Sabendo que a quantidade produzida foi a seguinte:
rateio 2
Como definir o custo indireto de cada produto, para conseguir chegar ao custo unitário e definir o preço de venda? Vamos lá, passo a passo. Para fazer o rateio do total dos custos indiretos, basta dividir o valor do que mais interferiu, no caso, a matéria prima, pelo valor total do mesmo e multiplicar o resultado dessa divisão pelo valor total dos custos indiretos. Vejamos:
rateio 3
Note que, se você somar os três valores encontrados, encontrará um valor total de R$100.000,00. Agora que já encontramos o valor do custo indireto de cada tipo de produto, basta somar o valor do custo direto com o custo indireto, e assim encontraremos o custo total de cada tipo de produto. Assim feito, é só dividir o custo total de cada produto pela quantidade produzida do mesmo, e desta forma encontraremos o custo unitário.
rateio 4
Além desta forma, há o método ABC para alocar custos com base nas atividades executadas/envolvidas na produção do produto, mas a forma que utilizamos neste texto é a mais rápida e simples.

A forma mais rápida de calcular o tempo de retorno do seu investimento – Payback

Decidir por um investimento/empreendimento exige que o gestor avalie, principalmente, dois aspectos:

  • A viabilidade econômica;
  • Contribuições práticas do investimento.

Vamos focar no primeiro ponto, pois o segundo exige uma análise muito particular de cada organização.
A viabilidade econômica do que será investido depende do quanto você tem disponível para investir (não adianta querer investir R$100.000,00 se você só tem R$50.000,00), e do período que esse investimento precisará para oferecer retorno, ou seja, quando ele “voltará” para você; em termos mais técnicos, significa calcular quanto tempo será necessário para que as entradas líquidas sejam iguais ou superiores ao capital investido.
Para entendermos o cálculo, vamos considerar uma empresa X com o seguinte fluxo de caixa:
payback 1
*Os valores colocados como entradas de caixa devem ser a previsão de lucro que a empresa espera para o período em questão. Para isso, deve-se analisar o histórico da empresa (no caso de não haver histórico de entradas – empresa nova – realizar estudo de mercado e elaborar previsão).
Olhando para o fluxo de caixa, já podemos tirar o primeiro número de anos completos necessários: 2, pois nota-se que o resultado do ano 1 e 2 é negativo (14.000 e 7.000). Depois disso, vamos entender o seguinte: a entrada do ano 3 será suficiente e com sobra para pagar o investimento (pois o saldo já é positivo de 1.000), então vamos calcular quanto (em tempo) do ano 3 será necessário para pagar o investimento, e para isso basta dividir o último resultado negativo pelo valor da entrada do próximo ano, ou seja:
payback 2
Logo, o payback será de 2 (os primeiros dois anos) + 0,875 (parte do ano 3 necessário) = 2,875 anos, que em meses dá o seguinte:
2×12 = 24 meses;
0,875×12 =10,5 meses, ou seja, 34,5 meses para recuperar o capital investido.
Esse cálculo pode ser utilizado para calcular investimentos que a empresa pretende fazer, como também para calcular quanto tempo será necessário para que um novo empreendimento comece a dar lucro efetivamente.

Por que o dólar está tão caro?

Em síntese, vamos dar uma olhada no atual cenário de alguns países:
ESPANHA: crise. Cerca de 20% da população está desempregada.ARGENTINA: crise de liquidez. O país não consegue pagar as contas e a população não acredita mais na moeda local (peso argentino).GRÉCIA: crise de liquidez. O país depende basicamente do turismo para sobreviver e não conseguiu manter uma moeda forte (euro).CHINA: está diminuindo o crescimento, o que pode ser um forte indicador do início de um período menos próspero.BRASIL: instabilidade política e início de crise econômica.EUA: se recuperando e, como atitude estratégica, aumentando a taxa de juros para atrair investidores do mundo todo.
Considerando a lei básica de oferta e demanda, se os investidores estão retirando seu dinheiro desses países em crise (dentre outros não citados acima) e colocando nos EUA, logo, há uma demanda grande por dólares americanos, aumentando seu valor. Além disso, a população de países em situações como a da Argentina, por não crer mais em sua moeda local, está passando a utilizar o dólar para suas atividades rotineiras, logo, mais demanda. Se a demanda é maior que a oferta, há a valorização.



Os 5 passos mais importantes para começar a exportar (o #3º passo é a maior sacada…)

Seu negócio prosperou, possui estabilidade e você sente que é o momento de expandir em um nível além do nacional, porém não sabe como proceder? Aqui você terá os 5 primeiros passos mais importantes para saber se, de fato, sua empresa está pronta para exportar ou se ainda precisa de algum ajuste/investimento para dar esse novo passo.
 #1º PASSO: faça uma nova análise de todas as áreas da sua empresa
Certifique-se que a sua empresa por completa está pronta para exportar. Ainda que esteja tudo certo, é bom re-analisar. Avalie: produção, administração, vendas, pós venda. Qualquer problema nesses setores pode prejudicar sua exportação se não for resolvido. Lembre-se que o mercado internacional é muito competitivo e exigente, então é sempre bom avaliar se sua empresa está pronta para este novo passo ou se precisa de novos investimentos.
 #2º PASSO: escolha um mercado apropriado para trabalhar
Liste os países que poderiam comprar seus produtos, pontos fortes, fracos, cultura, língua, costumes, concorrência etc. Alguns países possuem particularidades muito fortes neste quesito e isso pode exigir uma adequação do seu produto.
 #3º PASSO: avalie a demanda do país
Certifique-se que o país tem potencial para consumir seus produtos. Avaliar a pauta importadora é um ótimo caminho.
  #4º PASSO: pesquise a situação econômica do país
Este é um ponto importantíssimo! Imagine se o país escolhido estiver passando por uma crise… neste caso, sua empresa enfrentará grandes dificuldades para prosperar.
 #5º PASSO: opte por países próximos
Quanto mais próximo e com cultura mais parecida, menor será o custo de frete da mercadoria e melhor será a aceitação do seu produto.
 Se depois de todos esses passos você concluir que sua empresa está pronta para exportar, é hora de começar! Lembre-se de cumprir todos os aspectos legais perante os órgãos necessários e sucesso!
 Ficou com alguma dúvida? Deixe seu comentário:)

Pequeno empreendedor: como se beneficiar do novo Radar Siscomex 2016

Para aqueles que desejam tornar sua empresa importadora ou exportadora, é necessário possuir habilitação no Siscomex (sistema da Receita Federal que permite registrar e controlar todas as operações de comércio exterior – exportações e importações).
 Em dezembro de 2015 foi editada uma nova Instrução Normativa (1603) que modificou algumas coisas nessa habilitação Radar. Essa IN foi publicada em Diário Oficial dia 16/12/2015 e passou a ser válida nesta mesma data.
Essa mudança flexibilizou – leia-se facilitou – a entrada de pequenas empresas (inclusive MEI’s) na habilitação expressa.
Há três modalidades de Radar:

  • Expressa: rápida;
  • Limitada: possui um limite de importação/exportação (máximo de US$150.000,00 – cento e cinqüenta mil dólares no período de 6 meses);
  • Ilimitada: não possui limite.

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A novidade da Instrução Normativa 1603 é a seguinte: agora é possível que empresas se habilitem na modalidade expressa desde que seja respeitado o valor limite de US$50.000,00 (cinqüenta mil dólares) no período de 6 meses. Mas a real “sacada” não é simplesmente se habilitar na modalidade expressa ao invés da limitada por conta do volume/valor da operação, mas sim o seguinte: a modalidade expressa dispensa que você, exportador ou importador, ateste sua capacidade operacional e financeira para a Receita Federal, ou seja, qualquer empresa pode solicitar sua habilitação Radar sem ter grandes entraves como era antes.
Essa modificação mostra uma melhoria – e porque não dizer ‘evolução’ – dos métodos da Receita Federal para ajudar o pequeno empreendedor; antes dessa modificação, imagine a dificuldade que era para um micro empreendedor, por exemplo, que tem um pequeno escritório e gostaria de importar produtos para revender no mercado nacional… a dificuldade era enorme, afinal, como esse pequeno empresário comprovaria sua capacidade operacional e financeira? Essa nova habilitação expressa é um grande passo no comércio exterior, que agora poderá atender o desejo do pequeno empresário também atuar no comércio internacional.
Vale ressaltar que é crucial que os impostos, documentos e demais aspectos da empresa, devem estar em perfeita ordem.

Planejamento estratégico - análise SWOT

Análise SWOT nada mais é do que uma avaliação do ambiente interno e externo aos quais a empresa está submetida e podem ser geradores de receita (pontos fortes e oportunidades) como também dificuldades para o bom desempenho da organização (pontos fracos e ameaças).
Essa análise é muito utilizada em momentos de planejamento estratégico (antes da abertura da empresa, como parte do plano de negócios, mas também durante suas atividades, para decidir como prosseguir da melhor forma).
A análise SWOT (ou FOFA, como alguns chamam no Brasil – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) é utilizada para planejamento estratégico por uma razão bastante simples: a partir das verificações dos quatro pontos essenciais que compõem essa análise, é possível entender todos os fatores que interferem diretamente na atividade da empresa, tornando-a mais ou menos competitiva, produtiva etc., afetando seus resultados. Entendendo o que afeta diretamente a atividade empresarial (interna e externamente) é possível potencializar o que é fator que possibilidade a geração de receita (forças e oportunidades) e modificar ou preparar a empresa para lidar com os fatores que são entraves ao crescimento da organização (ameaças e fraquezas).
Os pontos que devem ser analisados são os seguintes:
Pontos fracos: este ponto trata das características internas da empresa que podem ser um empecilho para a atividade realizada pela empresa.
Exemplos de situações na empresa que podem ser pontos fracos:

  • Falta de pessoal qualificado: funcionários não qualificados podem gerar problemas, por exemplo, na produção, acarretando em custos com material, perda de tempo, acidentes etc.
  • Escassez de recursos: considerando que o mercado torna-se mais competitivo a cada dia, é preciso reinventar-se diariamente e isso requer investimentos. Não ter recursos para aperfeiçoar sua atividade, aderir a uma nova tecnologia etc., pode deixar sua empresa menos competitiva e fazer o cliente preferir o concorrente.
  • Marca pouco conhecida: se sua marca ainda não é conhecida e reconhecida no mercado, será preciso um intenso trabalho de marketing para conquistar consumidores, etc.
  • Alto padrão tecnológico: fator que diminui os custos se for utilizado corretamente;
  • Preço competitivo: um fator importantíssimo, afinal, quanto melhor o preço, mais clientes você terá a chance de conquistar. Vale ressaltar que só preço não é o que mantém alguém no mercado, é preciso qualidade, prazo, negociação etc. Neste ponto é importante citar que preço não é fator decisivo para o cliente escolher a sua empresa, caso contrário, não existiriam produtos tão caros sendo consumidos quando há outros mais baratos. O que é crucial nestes momentos de “meu preço é alto” é saber oferecer uma melhoria (no caso de serviço) que o cliente perceba o quanto ele economizará contratando sua empresa ou oferecendo um objeto diferente (pro caso de produto físico); a exemplo de um tênis Nike, que é bem mais caro do que os tênis comuns, mas além da qualidade, ele oferece status a quem o usa, e isso o cliente percebe e está disposto a pagar. Esses fatores são pontos fortes também, e que devem ser sempre reforçados (ou criados, para o caso de não ter ainda).
  • Forte concorrência: quanto mais forte o concorrente for, mais difícil será conquistar o consumidor, afinal, a pergunta é: por que o consumidor deixaria de comprar dele para comprar de você? A resposta dessa pergunta deve ser a base da estratégia de marketing para inserir seu produto em um novo mercado;
  • Diferenças culturais: regiões com costumes muito diferentes devem tomar cuidado ao estabelecer uma relação comercial pois há práticas de comércio (em alguns casos) e tipos de produtos ou serviços que não serão bem recepcionados pela população local devido aos costumes e não encontrarão mercado.
  • Produto/serviço inovador: propostas inovadoras sempre cativam o público e tornam o produto algo único, aumentando, assim, sua chance de venda; mercado de nicho – quanto mais especifico for o seu mercado, melhor será sua comunicação com ele, melhor direcionado será o seu produto e publicidade e maiores serão as chances de você se tornar referência naquele assunto. Imagine duas empresas:
  • Economia estável: estar vivendo um bom momento econômico também é importante pois questões como renda, inflação, emprego, produção, consumo etc. estão intimamente relacionados com uma economia favorável/estável.

Todos esses aspectos devem ser, após diagnosticados, trabalhados a fim de deixarem de existir, caso contrário serão entraves para a empresa atuar e se destacar no mercado.
Pontos fortes: aqui se deve colocar todas as características boas da empresa e que poderão ser um “motor”, ou seja, um ótimo aspecto para a atividade pretendida. Lembrando que ainda estamos tratando do ambiente interno da organização.
Exemplo:
Ameaças: este ponto não trata mais do ambiente interno da empresa, mas sim doexterno. Aqui se devem enumerar aspectos existentes no mercado que fazem a sua empresa perder ou deixar de ganhar dinheiro.
Exemplo:
Oportunidades: e neste tópico devem ser observadas as características (tambémexternas) que serão positivas para o seu negócio, ou seja, poderão ajudar a gerar receita.
Exemplo:
Empresa 1) consultório odontológico que atende crianças.
Empresa 2) consultório odontológico que atende crianças de 5 a 12 anos com Síndrome de Down.
Qual das duas empresas você imagina que possui mais chances de se tornar referência no mercado odontológico? Pois é… quanto mais específico e inovador, melhor. Aumente as suas chances de se comunicar com o seu cliente, potencialize suas particularidades para poder se tornar referência.
 Esses são as quatro análises cruciais que devem ser feitas para entender como a empresa deve prosseguir para se manter e se destacar no mercado. É importante lembrar que algumas situações fogem do controle do empresário (exemplo: situação econômico instável/crise), portanto, nesses casos é necessário se preparar – em todos os aspectos possíveis: financeiro, produtivo, publicitário etc. – para ser afetado da menor forma possível, e, quando afetado, possuir possíveis saídas (definidas no momento do planejamento).

Por que não imprimir mais dinheiro?

Se o problema é falta de dinheiro, por que o governo não pode imprimir e distribuir para a população, solucionando o problema?
Muita gente já se perguntou isso e acaba sendo um pouco confuso entender o motivo de não ser positivo para a economia essa impressão de dinheiro, afinal, resolveria os problema. O que seria ruim nisso?
Inicialmente, temos que entender que é necessário que a quantidade de dinheiro de um país fique equilibrada com a produção do mesmo. Se o governo imprimir moeda
enquanto a produção permanece a mesma, os preços irão subir, causando inflação.
Ein? Como isso?
Sabe aquela frase do Chaves: “essa eu sabia com maças”?! Bom, vamos explicar com maças!
Imagine que 1 dúzia de maças na feira esteja custando R$5,00. Se o governo imprimir dinheiro, obviamente, as pessoas terão mais dinheiro. Ótimo! (por enquanto). Esse dinheiro pode até impulsionar a economia momentaneamente (pois gerará consumo). Passado algum tempo, os feirantes  percebem que os consumidores estão com mais dinheiro e, consequentemente, a demanda por maças aumentou. Com isso, os feirantes aumentam o preço da dúzia de maças, que agora custa R$6,00. Neste momento, nota-se que o “aquecimento” da economia a partir da impressão de dinheiro é artificial, criando somente um processo inflacionário que é ruim para a população, afinal, o governo não ficará imprimindo dinheiro o tempo todo para “manter a economia”.
Esse é um processo negativo, até porque investidores estrangeiros, por exemplo, percebem esse processo artificial e perdem o interesse, pois notam que não há desenvolvimento dos setores da economia (indústria, comércio e serviços), mas sim um consumo mantido por impressão de dinheiro, quando deveria ser fruto do desenvolvimento.
Em resumo: se há mais dinheiro circulando para comprar a mesma quantidade de produtos ofertados (pois a produção não aumentou juntamente com a disponibilidade de dinheiro), quem vende pede mais pelo produto, causando inflação.

5 TERMOS TÉCNICOS (EM INGLÊS) MAIS UTILIZADOS NO COMÉRCIO EXTERIOR (COM EXPLICAÇÃO DO SIGNIFICADO DE CADA UM) – Parte 1

Fala galera do comex, tudo certinho? Hoje vamos conversar um pouco sobre termos técnicos que utilizamos diariamente quando trabalhamos...